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02/04/2013 - Por: http://espiritismoestorias.blogspot.com.br/
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Conto: A Força do Amor
 

 

A Força do Amor

 



Preparavam-se os noivos para os esponsais, quando os pais da jovem descobriram que o pretendente à mão da filha era frequentador assíduo de uma casa de jogos. Decidiram então se opor tenazmente à realização do matrimônio, a pretexto de que o homem que se dá ao vício do jogo jamais pode ser bom marido.

 


Mas, a jovem, obstinada em desconhecer as razões invocadas pelos pais, acabou por vencer-lhes a resistência e casou-se.

 


Nos primeiros dias de vida conjugal, o homem portou-se como um marido ideal. A pouco e pouco, porém, renascia lhe, cada vez mais irrefreável, o desejo de voltar à mesa de jogo. Certa noite, incapaz de resistir a pressão do vício, retornou ao convívio de seus antigos companheiros.

 


No lar, a esposa, sentada em uma cadeira de balanço, aguardava o regresso do marido, que tardava. Embora ocupada com alguns trabalhos de bordado, tinha a mente presa aos ponteiros do relógio, cujas horas pareciam suceder-se cada vez mais lentas. Já era quase uma hora da madrugada, quando o marido abriu a porta da sala. Visivelmente irritado com o surpreender a companheira ainda em vigília, pois via nisso ostensiva censura à sua conduta, interrogou-a asperamente:

 


- Que fazes aí, a estas horas?

 


- Entretenho-me com este bordado, respondeu ela, imprimindo à voz um acento de ternura e bondade.

 


- Não vês que é tarde?

 


- Sinceramente, distraída como me achava, não havia atentado para o adiantado da hora...

 


E, sem dar maior importância à ocorrência, foi ela deitar-se.

 


No dia seguinte, à noite, repetiu-se a cena. O marido ausentou-se e a esposa, já ciente do que se passava, pôs-se de novo a esperá-lo. Quando ele chegou, já pelas duas da madrugada, encontrou a companheira de pé. Então, num assomo de cólera, bradou:

 


- Que é isto? Outra vez acordada?!

 


- Sim, não quis que fosse deitar-te, sem que antes fizesses um ligeiro repasto. Preparei-te um chá com torradas e aqui o tens quentinho! Espero que o aprecies.

 


E, sem indagar do marido onde estivera e o que fizera até aquelas horas, a boa esposa beijou-lhe carinhosamente a fronte e recolheu-se ao leito.

 


Na terceira noite, nova ausência do marido e nova espera da esposa. Lá por volta de uma e meia da madrugada, entrou ele e, antes que se insurgisse contra a atitude da companheira, esta se lhe prendeu ao colo, num afetuoso abraço, e exclamou:

 


- Querido, D. Antonieta, nossa vizinha, ensinou-me a receita de um bolo delicioso e eu não queria que te deitasses, sem que antes provasses dele.

 


A ocorrência repetiu-se por várias vezes, com visíveis e crescentes preocupações para o marido. Na mesa de jogo, tinha o pensamento menos preso às cartas do que à esposa que o esperava pacientemente, como um anjo da paz.

 


Começou, então, a experimentar uma sensação de vergonha, ao mesmo tempo que de indiferença e quase de repulsa por tudo quanto o rodeava, porque já era mais forte do que o vício o amor por aquela criatura que nele operava tão radical transformação.

 


De olhar vago e distante, como se tivesse diante de si outro cenário, levantou-se abruptamente, cedendo a um impulso quase automático, e retirou-se, para nunca mais voltar...

 


Transcrito de "O Primado do Espírito" por: Rubens Romaneli.
 

 
 
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